Como diria o querido amigo Borbs, do Judão, “olá, amiguinhos!”. Foi um mês bastante maluco e não sobrou tempo para respirar. Postar virou luxo, por isso o silêncio de 30 dias. Porém, voltamos com força total e a renovação de quem entrou para uma nova fase cheia de amor. Aos pouquinhos, vou contando aqui todas as novidades que nortearam essas semanas sem dar as caras.
Mas quero começar – obviamente – com música! Ministrei, pela primeira vez na vida, um curso. Não foi palestra ou encontro, foi aulinha mesmo, com todo aquele material didático e tal. Falei bastante sobre marketing musical, produção e gerenciamento (inclusive, estou devendo o material revisado para os alunos. Prometo pagar em breve). Tudo aconteceu na Casa Vulva, um espaço novo em Pinheiros onde acontecem eventos incríveis, indo de shows a oficinas, e tudo feito com muito amor pela Denise e a Rafaela. Fica a dica para quem estiver à procura de uma programação rica, engajada e empoderada na cidade.
Não faltaram também lançamentos para dar conta por aqui. Primeiro, rolou este do Tunna, um duo carioca/paraense/paulistano cheio de sofrência sintetizada. Vale a pena dar o play!
Além disso, meu namorado – que se tornou marido nesse meio tempo – e eu lançamos nossa primeira música juntos, em versão acústica para a websérie Peixe Barrigudo. “Só Carolina Não Viu” é também a primeira vez que uma coisa minha vai a público nesse formato e eu estava meio sem saber onde enfiar a cara. Escrevi essa poesia para ele em 2016, que musicou enquanto estava me esperando na Itália (romântico, amigos). Se gostarem, aproveitem para clicar aqui e ver outras faixas inéditas que vão estar no disco novo deste homem maravilhoso chamado Lucas Adon.
Por fim, mas não menos importante, a Cris Rangel me procurou para falar dessa série especial LINDA que fez com o Elefante Sessions e o Orgânico Estúdio. Além dela, atendendo pela alcunha Rangel, Amanda Mittz e Netão mostraram seu talento em três vídeos cada um, sendo o terceiro sempre uma versão maravilhosa de um artista já conhecido da galera. É sempre uma alegria e satisfação muito grande encontrar esses novos artistas que fazem música boa e de qualidade por aí, na raça. Dá o play!
E tem mais! Sexta-feira agora, o santista Nadal estreia seu novo single em todas as plataformas digitais, intitulado “Come Back Home”. Além dele, Negu Edmundo mostra o som “Música de Preto”, primeira faixa inédita do disco novo que está chegando com participações que vão de Guilherme Arantes a Toca Ogan (Nação Zumbi). Aguardem mais informações aqui mesmo no Descasco, em breve.
Entendeu o sumiço? Mas estamos de volta, ao infinito e além! Viva a boa música.
Tem sido tudo muito duro, difícil de agir, reagir, lutar. Em 2013, quando o movimento legítimo Passe Livre foi às ruas pelos 20 centavos, o protesto foi utilizado como massa de manobra e acabou se tornando uma micareta de milhões que achavam que estavam a promover qualquer mudança no país e acabaram pedindo um impeachment claramente arquitetado como golpe. Eu falo claramente porque tem provas, há conversas gravadas… Tudo! Tudo e mais um pouco. E o Temer continua lá.
Ontem, antes da morte da Marielle, eu li a entrevista que o Nem da Rocinha deu para o El Pais e eu quis chorar. O rei do tráfico manja mais de história e política que todos nós juntos. Óbvio! Ele liderava o tráfico e não tem movimento mais político que esse. Uma leitura longa que vale muito a pena, clique aqui.
Leituras longas têm nos faltado. Eu não estou falando de textão de Facebook. E também não estou falando só de jornal. Estou falando de perceber as nuances – como a mesma notícia é abordada em cada veículo, como o Lula é colocado sempre em voz ativa nas denúncias do triplex, enquanto o Aécio é voz passiva no helicóptero de cocaína. É juiz fazendo greve para manter o auxílio-moradia e pobre conservador gritando contra o Bolsa-Família. Percebe como está tudo invertido?
Mas, sabe por que faltam leituras longas? Porque somos um país onde ser alfabetizado é saber escrever o próprio nome. A maioria das pessoas não consegue interpretar um parágrafo de Robinson Crusoe. O próprio Nem da Rocinha sabe a importância de educar sem armas. A Marielle também sabia e lutava por isso. Lutava por coisas até mais simples e básicas quando você fala de direitos do ser humano e que simplesmente não são levadas a sério.
Ela não ia apenas para a rua. Ela era uma mulher negra metendo as caras e dizendo que aquilo estava errado. Ela virou vereadora. Ela denunciava as mortes causadas pela polícia militar. Ela conseguiu se tornar relatora da comissão que acompanharia a intervenção. Ela morreu a tiros. Sou de Santo André e gosto de frisar sempre que o Celso Daniel foi o prefeito que melhorou a cidade. Ele foi sequestrado em São Paulo, encontrado morto com 11 tiros e jogado numa estrada qualquer.
Vocês viram a esposa do vice-presidente de jornalismo da Record, que só era encontrada no Instagram? Destaquei o fato de ela ser casada com o cara porque ele lidera justamente uma mídia importante que deveria ser uma das nossas portas de acesso às verdades do país. Bem, Raissa Caroline Lima Tavolaro passou todo o tempo do que deveria ser o expediente dela na Assembleia Legislativa gastando o salário pago com dinheiro público em viagens pelo mundo todo e tirando foto com crianças pobres na África, sensibilizada. Moça, sobe o morro por aqui também.
Aliás, subamos todos o morro. Sejamos mais Marielles, que cobram no lugar certo e do jeito certo o que precisa ser feito. Por menos saídas do vão do MASP e mais invasões da Câmara. Se vamos ter que sair sangrando de lá para sermos ouvidos, que sejamos. A gente já está dando o sangue todos os dias por um país que invalida nosso voto e nos mantém escravos de um sistema trabalhista que nos faz sonhar com a mudança de classe, mas que – nem no mais perfeito dos mundos – vai nos permitir subir escala na pirâmide. Se você subir, quem vai ser a base que sustenta o topo?
Nosso país está sendo tomado por golpe, militares e homicídio descarado. E a gente não está fazendo nada. A gente está brigando um com o outro, tentando dizer que minha luta importa mais que a sua. Mas não importa. Elas são o “pão e circo” que o topo da pirâmide precisa para continuar onde está. Estão nos distraindo e não estamos percebendo. Não basta ir pra rua, postar no Instagram e sair na foto do jornal. É preciso quebrar – os conceitos, os preconceitos, os bancos, a cara, o sistema. Quanto você paga para sobreviver no medo? Quanto você paga para morrer a cada dia por ser quem é? Qual o preço? Você tem esse dinheiro? Eu não.
É muito clara a maneira como a ansiedade atingiu meu corpo a curto e médio prazos. Eu engordei bastante na época (não tem problema algum ser gorda, só percebi que foi uma alteração grande em pouco tempo). E não porque comia demais – pelo contrário! Às vezes, a dor de estômago e os enjoos não me permitiam comer tanto quanto eu gostaria. Acontece que os processos ansiosos liberam cortisol. E ele incha.
Tem também o fato de consumir mais álcool, já que a sobriedade exigia encarar o mundo de frente e a realidade não era legal. Li que a ansiedade baixa o sistema imunológico, deixando a pessoa mais propícia a infecções, além de afetar o sistema respiratório. Não à toa, tive pneumonia e, após passar por determinados eventos, precisei começar a carregar comigo uma bombinha pra segurar a asma.
Desenvolvi dois pólipos no endométrio e um mioma uterino – todos benignos e com tratamento. Porém, também lendo sobre somatização, esse tipo de questão pode se desenvolver quando você tem dificuldades em mostrar quem você é. Quando li isso… E os psicólogos e suas linhas diferentes me corrijam se eu estiver apenas dando uma significância pra situação… Mas foi quando eu li isso que parei para pensar o que eu fiz esse tempo todo. Quanto tempo me escondi, abaixei a cabeça e deixei todos os sapos engolidos virarem a tal da ansiedade.
E o que ela faz com a gente muitas vezes pode ser confundido com frescura. Entenda: eu era a criança que ia com febre pro colégio, porque não falava que estava passando mal. Fiz minha mãe me levar com caxumba, na quarta série, pra professora me dizer que, caso eu ficasse na sala de aula, ia transmitir a doença para os amiguinhos. Foi aí que resolvi que tudo bem ir embora.
Não, nunca foi frescura. As crises de choro durante o expediente, o isolamento excessivo, o ataque de desespero quando o telefone tocava, os socos na parede, as garrafas jogadas no terreno vizinho, dormir até o mais tarde possível para não ter que encarar as pessoas… Nada disso era frescura. E tudo isso era velado. Foi assim durante alguns anos. Porque também existe culpa. Eu me sentia culpada em ter raiva dos fatores externos que me faziam sentir tudo isso e dos internos que não permitiam me posicionar em relação a isso. Olhar pra dentro da gente é um dos processos mais doloridos que podemos provar. Porque tem sombra, tem muita sombra. Aceitar a sombra e conviver com ela é uma reconstrução de tudo que você acreditou que era até então.
“Toma meu corpo, meus pensamentos leva” – é um verso lindo da Alice Caymmi, de uma bela canção de amor. Mas eu poderia estar cantando para a ansiedade. Era simples assim. Tive momentos de travar completamente, a ponto de só conseguir tomar banho. Eu lembro daquele dia. Ficava horas olhando para o computador e pensava: “preciso tomar um banho”. Mas eu lembrava que já tinha tomado e pensava: “não! Preciso terminar isso aqui”. Mas não funcionava. Passei um dia inteiro nesse ciclo sem fim.
O que me salvou? Terapia, Kriya (processos respiratórios com meditação e yoga), amor-próprio e apoio de quem eu amo. Curou completamente? Não. Ainda há resquícios que, em momentos de maior vulnerabilidade, resolvem vir à tona. Mas, hoje, eu sei detectar quando isso está acontecendo, posso acolher a mim mesma e entender meus limites. E não tenho mais medo de compartilhar a situação com as pessoas e pedir ajuda. Passa logo. Porque agora eu sei que não é maior que eu.
Se você sente algo parecido, apenas saiba que não está sozinhx. E se você não sente, entenda que não é frescura. É algo muito pesado para quem passa e que atrapalha todo o resto. Não julgue. Aliás, não julgue qualquer pessoa, nunca, por qualquer razão. Você não tem ideia do vulcão que é por dentro. Se puder, dê um abraço. Isso pode realmente fazer a diferença.
É sempre complicado falar de um trabalho que você respirou e respira. “Um toque na liberdade já te faz voar” é um dos versos mais importantes na trajetória de Leo Middea. Foi ali, no disco “Dois”, que ele percebeu o potencial de sua música e o caminho que ainda precisava trilhar. O cantor passou três meses na Argentina, sem saber como ia pagar as contas no dia seguinte – mas sempre surgia um show que bancava mais um dia. “Só por hoje, vou viver de música”. Ainda bem.
Depois, a ponte Rio-São Paulo acabou se tornando mais comum e intensa do que ele imaginava. Das muitas experiências, saiu o disco de quem sabe que o mundo é seu. “A Dança Do Mundo” trouxe uma maturidade musical inigualável em relação ao Leo do passado. Ficou claro o quanto ele estava se encontrando, soltando a voz e tomando conta do poder pessoal. Foram dez dias em silêncio na Índia que antecederam a estreia do novo trabalho, exatamente no mesmo dia do golpe de 2016. Fato é que a data limitou algumas ações, mas a garra era maior e o pequeno grande labrador desajeitado de cabelos a la Caê ganhou. Ganhou mesmo – espaço, mídia, público.
Um dia, sem pestanejar, ele mandou uma mensagem: “vou morar em Portugal”. E foi. Foi dançar pelo mundo. Foi lá que ele fechou os olhos de fora. Percebeu quem é de verdade e seguiu. Hoje, faz shows pelo país, pela Espanha e há rumores que a Itália não perde por esperar. Vôa, Leo!
Entre comer e dormir, o que importa mais?
Comer, de fato. Sou um bom taurino.
E entre comer, dormir e tocar?
Comer. Brincadeira rs. Dentre essas três, com certeza tocar é o que mais me alimenta.
Quantas músicas você compõe por semana?
Depende de diversos fatores, mas normalmente um média geral de três composições por semana. Isso não quer dizer que eu goste de todas, mas eu gosto de pegar o violão e criar uma canção, seja ela boa ao meu agrado ou não.
O que Portugal te trouxe?
Tudo o que eu não tinha. Isso signifca desde a questão mais emocional, como uma força para lidar com todas as situações que viver no estrangeiro sem conhecer uma pessoa nos proporciona, quanto questões mais práticas como aprender a cozinhar e ser realmente independente.
Quando você começou a usar sapatos fechados?
Exatamente neste frio lusitano. Tive que comprar sapatos, pois eu não tinha o hábito de usar e os que eu tinha já estavam sem condições de ser usados.
O que a música representa para o Leo que ninguém conhece?
Vida. Ela para mim é um ato de amor, é uma soma de duas coisas que mais gosto. Ouvir/tocar música e viajar. Gosto da sensação de não pertencer a nenhum lado e gosto da sensação de poder contar para os outros – em forma de arte – fotografias da minha vida ou o que eu interpreto de uma situação cotidiana.
O que você ainda tem da criança encapetada que foi um dia?
Ansiedade e teimosia.
Quando você ficou tão calmo?
Ficar tão calmo é relativo, pois por dentro pareço que vou explodir rs. Na verdade, em 2012, conheci duas pessoas que me apresentaram um mestre espiritual e, a partir desse mestre, conheci a fundo o poder da yoga e meditação. Desde então, a partir dessas duas coisas eu consigo lidar melhor com tudo a minha volta. Sendo assim, eu diria que a partir de 2012 eu fiquei “mais calmo”. rs
O que a Índia trouxe para sua música?
Poder expressar também o que se passa dentro de mim e das interpretações à minha volta. Antes, eu tinha mais facilidade em dizer só sobre uma pessoa específica, com quem eu tive alguma espécie de relação, ou não. Hoje, a partir de toda prática e vivência que os conhecimentos da Índia me permitiram, o autoconhecimento virou parte da minha rotina e consigo navegar melhor dentro de mim, escrevendo não só sobre os amores, mas o que eu sou e vejo além de uma relação.
São Paulo e Rio de Janeiro. Como essas cidades construíram e desconstruíram sua vida musical?
O Rio é minha cidade natal, foi onde construi a base das minhas canções, foi onde aprendi a tocar violão e contar para as pessoas sobre os meus primeiros versos. Já São Paulo… Parece que eu tinha entrado já dentro do jogo, conheci compositores/músicos/cantores maravilhosos(sas) e, com certeza, cresci junto com essas pessoas. Conhecer a nova geração da galera da nova MPB que estava sendo moldada em São Paulo me deu uma visão mais ampla sobre o ato de fazer música.
Quem era o Leo apaixonado de “Dois”?
Uma pessoa cheia de sonhos.
Quem era o Leo expansivo de “A Dança Do Mundo”?
Uma pessoa cheia de intuição.
Qual o próximo Leo que a gente pode esperar?
Uma pessoa cheia de amor.
Qual melhor show que você já fez?
Pergunta difícil essa. Eu tenho alguns nos meus favoritos, mas o mais recente que eu fiz foi um dos mais especiais. Fiz em Lisboa, em uma casa chamada Bartô. Cabem 85 pessoas e estavam cerca de 200 (30 pessoas não puderam entrar). A sensação que aconteceu naquele noite foi inexplicável e aquele show está reverberando dentro de mim até hoje.
Como é tocar para duas pessoas?
Tocar para duas pessoas, na época, foi uma sensação boa. Isso foi em São Paulo, na primeira vez que fui a cidade. Não me importava a quantidade naquele momento e sim eu ter ido para uma cidade diferente da minha e ter duas pessoas cantando as músicas. Vi minha música sair da minha cidade e ir para uma outra, foi uma clara visão de transição.
Como é tocar para casa cheia, deixando gente pra fora?
É como se fosse uma declaração do universo dizendo que é possível viver do que eu amo.
Café ou vinho?
Café e vinho.
Acelerar ou desacelerar?
Acelerar quando tiver desacelerado e desacelerar quando tiver demasiado acelerado.
Saber respirar. Que diferenças isso fez na sua vida?
Conhecer como o corpo reage a cada emoção e a partir daí mudar o quadro ou só deixar fluir.
Queremos música nova lançada. Vai rolar? Quando?
Já tenho um terceiro disco pronto em questão de composições, mas o processo de gravação e etc… Eu não sei quando seria o melhor momento para tal coisa. Por enquanto quero que “A Dança do Mundo” chegue para mais pessoas e estarei me dedicando neste ano de 2018 para isso. Quem sabe em 2019 seria o melhor momento?
“Eu estou na faixa”. Foi o que eu gritei logo cedo, muito alto, no meio da rua, dois segundos depois de ouvir um “sai da frente, fia” enquanto atravessava no lugar certo, na hora certa, da maneira correta. Eu estou na porra da faixa. Eu estive a vida toda e nunca gritei isso alto. Sempre aceitei que “meu cabelo era ruim”, porque parecia uma piada inocente. Nunca falei alto que não era. Ao contrário disso, usei a mesma piada contra mim mesma algumas vezes, me rebaixando diante de outras pessoas.
Eu não gritei a primeira vez que fui assediada em um emprego. Eu estava naquela sala, com meus poucos 21 anos, cheia de diretores. Totalmente assustada e anotando cada palavra da reunião. Até que veio a bomba: “se você continuar sendo boazinha, vou por no seu rabo”. Eu ri. Ri de nervoso. Ou só porque estava acostumada a rir toda vez que era depreciada. Eu não gritei quando ouvi “tenho nojo de você”. Eu não gritei. E eu só estava atravessando na faixa.
Quantas vezes a gente vai precisar guardar a dor de estômago por medo, choque ou só porque acostumou a ser assim? Quantos assédios serão necessários até que você acorde e durma querendo vomitar tudo aquilo que não desinstalou em 31 anos de existência? Quantos berros guardados serão somatizados em cada uma de nossas células até que a gente entenda que gênero, cor e classe não são determinantes de caráter?
Quantos sorrisos amarelos por não saber o que fazer estão por vir? Parem de dizer para suas meninas se comportarem como mocinhas, não falarem palavrão, não rirem alto. Não permitam que elas acreditem que “homem é assim mesmo”. Não as façam sonhar com um tipo de príncipe encantado que nada mais é do que a projeção de tudo que um pai deveria ter sido e não foi, e não necessariamente um bom parceiro para dividir a vida.
Pare de acreditar que dar flores e feliz Dia da Mulher é ok e que tudo que questionar essa tradição é puro “mimimi”. Preste atenção às máximas que repete por aí sem nem parar para pensar, só porque aprendeu que é assim. Eu sei, não é fácil! Todo dia, aprendo uma coisa nova, desconstruo um pedacinho dentro de mim e tomo poder da minha liberdade. Minha, sim! Porque eu tenho conquistado há anos, a cada passo, a cada “não” que reforcei ser um “não”.
E você: toda vez que estiver atravessando na faixa e alguém mandar sair da frente, grite!
Este dia chegou! O livro que eu escrevi – Lições Empresariais de Game Of Thrones (editora Escala) – virou meme e saiu no Buzzfeed. Ok, num contexto “passar vergonha” que não era exatamente o objetivo. Mas ganhou mídia espontânea em um dos sites com maior engajamento nesta eterna 3ª série C chamada internet brasileira.
Isso me fez pensar que o sucesso está finalmente chegando. Não ria, é sério! Sempre ouvi dizer que você está ficando grande quando ganha haters. Ainda não cheguei nesse patamar, mas já rolou um bullying, ou seja, estou subindo a escada.
Piadas à parte, acho importante falarmos sobre conteúdo e seres humanos. Uma vez, quando eu não media muito as palavras, postei uma foto de um cara com barriga d’água e fiz uma piada. Logo eu apaguei. Parei pra pensar e percebi o quanto eu poderia estar prejudicando alguém. Uma amiga muito querida fez um post-desabafo certa vez e apagou em seguida, orientada pela mãe. A internet não perdoou e incluiu o print em um texto sério de acusações de assédio. Ela ainda está digerindo e lidando com essa situação.
Eu trabalho desde os 15 anos e meu primeiro emprego incluía cinco aulas de ballet por semana para ganhar R$ 200,00 por mês. Escrevo desde os 10. Tenho algumas coisas guardadas esperando dinheiro para serem publicadas. Um dia, a editora Escala chegou para mim e encomendou esse trabalho – do qual me orgulhei bastante quando vi o resultado final. Tive um mês para escrever, sob efeito de uma pneumonia atípica. Já parou pra pensar como é você se dedicar tanto a algo que acredita e alguém querer rebaixar o que você fez com uma frase?
É óbvio que o primeiro impacto, quando chegou a mim o post na Fanpage Empreendedor Nem É Gente, foi de frustração. Mas, em seguida, entendi que a piada era válida – colocando-me como terceira pessoa na situação, eu ri do que estava ali. Porque é vida que segue e precisamos aprender a não nos levarmos tão a sério.
O que quero dizer é que é preciso ter cuidado com o que você lê, compartilha, escreve. Uma vez disseminado por aí, pode construir ou destruir a carreira de alguém. Vi aqueles hotéis que tornaram expostos os pedidos de influenciadores de uma maneira totalmente desnecessária e acabaram ridicularizando pessoas que não fizeram nada além de oferecer uma permuta – você aceita se quiser e não precisa xingar ninguém por isso.
Recebo propostas diárias de trabalho por portfólio e não estou expondo as pessoas que me pedem – eu topo ou não e essa decisão é somente minha, quem propôs segue em frente, simples assim. Pequenos cuidados são essenciais. Entender que há seres humanos do outro lado da tela. Que lutaram muitos anos, estudaram a custos que ninguém imagina, não foram criados a mamão papaia e que não estão prejudicando a vida de ninguém. A criação de conteúdo digital implica ética, competência e noção de consequências. Chegou-se num ponto que todo mundo se acha no direito de falar o que quiser sem ao menos buscar referências ou entender o que é que está dizendo.
Minha família toda é da roça. Eu cresci em roda de viola e a música sertaneja tem um contexto importante pra mim, mesmo que hoje eu busque outros sons pra ouvir. É uma questão cultural mesmo, que fez e faz parte da minha formação como um todo. Por isso, toda vez que alguém torce o nariz para o sertanejo, eu questiono o porquê. Geralmente, a pessoa repete frases prontas que não querem dizer nada e eu sempre pergunto: “mas você consegue entender o que esse estilo realmente representa?”. É a mesma coisa do funk, do pagode… Escolha sua década e eu te direi qual foi o estilo que sofreu bullying. Em suma: você só pode analisar aquilo que conhece e, mesmo assim, considerando as variáveis.
A questão é: cuidado. Pessoas lutam anos para construir uma vida, uma carreira e conquistar um lugar no mundo. Não seja essa pessoa que destrói outra com uma frase.
Entre os abacaxis que eu descasco por aí estão vídeos cheios de amor. A imagem é não apenas um belo cartão de visitas para o artista, como também faz sentido quando o assunto é engajamento. Se você cria um conteúdo em vídeo no Facebook, por exemplo, ele faz com que seu post apareça mais vezes na timeline do que outros apenas com texto ou foto. Se for link externo então, pior ainda – por isso, sempre melhor colocar algo orgânico na plataforma.
Outra curiosidade é que os brasileiros ainda usam o Youtube como principal plataforma de streaming para ouvir música. Não à toa, a galera de lá está pensando em criar um concorrente para o Spotify e afins este ano, chamado até o momento de Remix. #FicaDica
Entendeu agora porque tantas webséries, clipes e lives te mandando notificações o tempo todo? Listei aqui alguns clipes que valem a pena conferir – além de boa música, roteiros e produções pensadas com todo aquele carinho de quem ama e respira arte.
O primeiro é “Tem, Mas Tá Em Falta”, do Lucas Adon, uma produção #DescascoAbacaxi com direção do Nicolas Vargas. Fresquinho, ele saiu agora pouco pelo Brasileiríssimos e mostra a personagem principal vivendo o luto de uma perda, enquanto seu inconsciente se enche de vida e a convida para dançar as cores de um recomeço. Dá o play!
Já Janaina, do querido Tiago Rubens – que saiu de Porto Alegre para ganhar a Espanha – é uma delicada oferenda a Iemanjá e saiu no último dia 02, em homenagem à rainha do mar. Odoyá!
Tem alguns que saíram faz um tempinho. Mas são produções tão mara que merecem ser lembradas. “Ciranda” já é um clássico do Leo Middea.
“Não Espero Mais”, do Terno, é simplesmente uma lição de produção e roteiro.
Poesia e dança é resumo de “Dentro Desse Ser”, da Marina Decourt – que fez a captação de imagens do primeiro clipe deste post. ❤ #famiglia
“Desaviso”, da Thamires Tannous, foi uma produção dessa Sra. Abacaxi que vos fala. É daqueles que escorrem uma lagriminha de amor, sabe?
E já que falamos de artistas multi-funções, Victor Cavalcanti é um exemplo especial. O cara não fez apenas vídeos incríveis do seu som autoral, como chegou a dirigir campanhas de artistas como Claudia Leitte e criou este belo minidoc narrando o caos de quem resolve se desconstruir em meio ao furacão da depressão.
Não é segredo pra ninguém que sou loucamente apaixonada pelo Lucas Adon. E, por isso, cada realização dele é minha também. Essa última semana, fez exatamente um ano que começamos a trabalhar juntos nas nuances que, aos poucos, vão dando forma ao novo disco – “Do Luto à Luta” – a ser lançado este semestre.
Como ele também é psicólogo de pessoas em situação de rua, essas duas palavras têm um significado muito forte. O luto e suas cinco fases são traduzidas em cinco canções que vão da negação à aceitação de uma grande perda. A luta traz faixas daquele momento que que você toma consciência do agora, da vida como ela é, e vai pra rua fazer alguma diferença.
Há exatamente um ano, a música “Se Não Fosse Você” ganhava uma versão em vídeo lá no Brasileiríssimos. Por que foi tão especial? A gente já dizia para ele o quanto era linda a canção e, um belo dia, enquanto andávamos de gôndola por Veneza (phynos), resolvemos gravar. No dia do Brasileiríssimos, ele também apresentou a faixa lá na TV Band e foi uma alegria só. Logo, veio a versão oficial com violino e acordeon – e que é possível ouvir em todas as plataformas.
Depois, veio “Desencadeou” com clipe e “Tem, Mas Tá em Falta“, que vai ter vídeo no próximo dia 05 de fevereiro e novamente em primeira mão nos parceiros do Brasileiríssimos.
O que significou exatamente lançar uma música nova e começar a pensar um disco novo? Embora possa soar determinista, foi a ponta da agulha da bússola.
Como é levar três projetos culturais ao mesmo tempo? [Lucas Adon solo; a banda de rock Imigrantes Italianos do Século XXI – que toca na FM e está com vários shows por vir; e Pá-Pum – projeto infantil com o pai, Paulo Afonso Tchê, que vai ganhar forma de websérie logo menos] É tentar me sentir completo na diversidade das minhas nuances. O infantil, o solo e o com a banda. São muitas as coisas a se dizer e muitas as formas.
Isso sem contar o trampo de oito horas por dia. Como faz? [Psicólogo da UBS da Mooca] Me desdobro e acabo fazendo pouco em cada um, por isso talvez todos andem apenas um pouquinho por vez.
Existe música sem conflito? Não existe movimento sem atrito.
Existe dor sem música? Definitivamente não, porque todo barulho pode ser interpretado como música. E só não existe dor no silêncio.
Sobre o luto: qual o real significado das perdas pra você? Combustível determinante da existência. O que não mata, engorda.
Se o copo estivesse meio cheio, o que as perdas trazem? Você quer dizer quando o copo está meio cheio e isso representa a perda? Porque a perda está no foco… Já que, quando se perde algo, ganha-se outro algo.
Sobre a luta: como é acordar todos os dias para lidar com os maiores medos e perrengues das pessoas que vivem em situação de rua? Desafiador. São pessoas tentando sobreviver ao sistema como as outras, mas na ponta mais fraca. O desafio é trabalhar autonomia de um grupo de pessoas que não tem dinheiro num sistema massacrante.
Quanta poesia existe nisso? Existe poesia em tudo.
Como é precisar estar no sistema para poder lutar contra ele? Implodi-lo sempre foi uma estratégia pensada. Mas é apenas mais uma das frentes de batalha.
Qual seu maior conflito? Me vender no equilíbrio da sobrevivência sem perder a essência. Lutar sem perder a ternura.
E como viver entre conflitos sem pirar? Respirar e saber o quão necessário é viver o que se consegue incluindo os conflitos. Está acontecendo agora. Saber não vai alterar tanto a realidade assim a não ser que você faça algo para mudar.
Você já tentou ser normal? Eu sou normal. Foda-se o normal rs
O que você espera da sua música? Libertação.
[Liberdade LTDA é o nome do primeiro disco do cantor, lançado em 2015 e que pode ser ouvido clicando aqui. A capa do disco é uma foto real ocorrida na manifestação Passe Livre].
Ver quem a gente ama crescer é lindo. Dá vontade de cuidar e, ao mesmo tempo, de dizer: só vai! A Geo é um desses nenéns. Ela chegou de mansinho na minha vida, quando começamos a trabalhar juntas em uma agência de comunicação. Toda diferentona. Apaixonei. Não demorou muito para ver aqueles primeiros covers de Britney e Amy que ela divulgava vez ou outra.
“Ah, você é cantora?”
“Não, sou estagiária de jornalismo… Mas tenho umas músicas.”
“Poxa, tenho uma data de show, quer fazer?”
“Ah, quero sim.”
Sim, ela já era cantora. Apenas não sabia disso. Mas é um mulherão da porra e não demorou muito para descobrir que tudo que precisava estava dentro dela. Uniu os conhecimentos de comunicação, os estudos de marketing musical e o talento que sobra e colocou voz, corpo e cabeça no mundo.
Dos relacionamentos complexos tirou inspiração. Das dificuldades da área, tomou coragem. E do desafio chamado SP-Santos, fez um disco. “Ah, um EP”. Não, mana. Um puta disco. Num formato menor. E daí? Cada música vem com o peso de quem encontrou na arte e no poder pessoal seu próprio “Salva-Vidas”. Cada arranjo vem com a dosagem certa de quem aprendeu que tudo tem seu tempo. E o sucesso está chegando – parece de uma vez, mas não é. Teve muito suor sim. Um processo bizarro de auto-conhecimento. E muita, mas muita vontade.
Como foi a primeira que você pegou num violão? Numa viagem em Juquehy! Era de um amigo do meu pai e fiquei lá tentando fazer algum som sem muito sucesso haha
E a primeira vez que você pegou num violão pra galera ouvir?
Foi na época da escola, uns 13 anos. Eu fazia quase todos os trabalhos em forma de música com uns amigos meus que tocavam baixo e bateria.
Qual a sensação de ouvir uma galera cantando a sua letra? Eu sinto que minhas experiências individuais viram coletivas, tendo um significado próprio pra cada pessoa. Me lembra que sou humana. É lindo demais.
Ficar entre as mais ouvidas do Spotify significa/ significou o que exatamente? Foi uma vitória muito pessoal. O número em si não importa tanto, mas foi por causa dele que comecei a entender que existem pessoas pelo Brasil inteiro querendo ouvir o que eu tenho pra dizer.
Seu disco é um tiro. Sei que você não curte focar isso… Mas, pow!Ele conversa diretamente com as mulheres e a maneira como elas se relacionam. O processo de construção dele doeu? Por quê? O processo desse EP foi de cura e, às vezes, ela dói mesmo. São cinco faixas que não contam sobre uma grande paixão e nem sobre o processo do término: é sobre o depois. É sobre entender o que fizeram com você, como voltar a se amar depois de tudo e não deixar ciclos se repetirem.
Como é ligar o foda-se para todos os padrões que disseram que você tinha que seguir? É uma liberdade que eu não sabia que existia. A necessidade de seguir padrões de gênero, de beleza e de “som comercial” sempre me freiaram na hora de lançar meu trabalho autoral. Agora, isso não existe mais! Hahaha
O que te fez continuar na música, mesmo na hora do perrengue? O apoio de todos os fãs e sentir que, apesar de tanto trampo lindo de várias minas maravilhosas, ainda há uma lacuna gigantesca de artistas mulheres na cena.
O que te faz continuar todo dia, mesmo na hora do perrengue?Saber que existem pessoas incríveis do meu lado, me apoiando. Meus amigos, minha família, as pessoas com quem eu trabalho. Eu confio muito na minha intuição e hoje eu só me deixo ser cercada se for de amor.
Sucesso, fama, futuro… O que tudo isso quer dizer pra você?Sucesso pra mim é algo que eu sinto toda vez que uma pessoa pede uma foto, toda vez que vejo meus números no Spotify, toda vez que escrevo algo novo. Eu não gosto do conceito todo da “grande fama”. Quero atingir com minha música só quem estiver disposto a ouvir o que tenho pra dizer. Não me importa se vai ser pro Brasil inteiro ou pra um show de 100 pessoas no centro de SP. Sobre o futuro: ele é brilhante e ele é tudo que eu quiser que ele seja. Ainda existem muitos trabalhos e histórias a serem contadas.
Como é ser libriana?
Eu simplesmente amo ser libriana.
Como é ser a maior doçura de pessoa, cheia de amor e inseguranças e, ao mesmo tempo, conseguir passar toda essa força que motiva a gente só de olhar?
Eu tento muito ser a pessoa que eu precisava quando era mais nova. Eu queria tanto alguém pra me dar forças, que não pensei que podia vir de mim mesma. Hoje, eu fico muito feliz de ser inspiração pra muita gente, especialmente mulheres. É quase freudiano! Hahaha
O que você diria para mulheres que ainda sofrem (por amor, por baixa autoestima, por tudo que poderia ter dado certo e não deu)?
Vai ficar tudo bem. Existe muita força dentro de você, você só não sabe ainda. Confie na sua intuição, nunca leve desaforo pra casa e nem se cale em situações de opressão.
O Nícolas Vargas é um cara que me contratou, nos primórdios de 2008, para trabalhar na famigerada MTV. Ele virou um tipo de mentor das palavras e de um novo “way of life”. Esses dias, escreveu sua primeira (e maravilhosa) coluna do ano para o Judão, que você pode ler clicando aqui, falando sobre a necessidade em fazer silêncio, ficar só.
Antes de começar este texto, eu estava partindo para o terceiro parágrafo de um assunto delicado chamado machismo velado. Porém, travei. Entre os sons da natureza que coloquei no ouvido para conseguir trabalhar e o barulho único de teclas batendo em torno de mim, percebi que eu estava em silêncio.
Já percebeu como o silêncio faz barulho na cabeça? Às vezes, chega a ser insuportável ficar só com os próprios pensamentos, porque eles trabalham na velocidade da luz e mexem com a balança que vai da culpa à ansiedade sem sequer perguntar se podem. E nesse desequilíbrio inconsciente, falta o agora. Falta perceber que tem um passarinho fazendo um som bem ao fundo, que o ar condicionado está frio demais e que outras cabeças em voltas podem estar tão confusas quanto a sua.
Falta consciência – no sentido mais puramente meditativo que ela representa: estar 100% no momento. E foi nessa tentativa de estar no aqui e no agora a maior parte do tempo possível que eu detectei coisas incríveis: é o tipo de coisa que me deixa produtiva. Consigo focar melhor meu trabalho, além de ficar mais disposta a resolver os perrengues. A energia dos outros, estando perto ou longe, influenciam a minha somente porque eu permito. Existem pessoas tóxicas. Existem pessoas lindas. O sorriso dele é uma das coisas mais incríveis que já vi.
E tudo isso levou a uma guinada, uma mudança importante na maneira de lidar com pessoas e com as atividades diárias. Por isso, gostaria de compartilhar dicas preciosas que me fazem bem e acredito que possam fazer bem a você também.
1. Posicione-se. Literalmente. Arrume sua postura, olhe as pessoas nos olhos e, por mais inseguro que esteja, mantenha o peito aberto. A posição de liderança praticada por pelo menos dois minutos diários ajuda a diminuir o cortisol (hormônio que vai te deixando tristinho) e aumentar o testosterona (hormônio que vai te deixando empoderado).
2. Vá ao médico. Sério. Desmaio com agulha, passo mal em hospital. Mas tive problemas e descobri que tenho dois “nenéns” no endométrio já deve fazer uns três aninhos – e que precisam ser retirados o quanto antes. O corpo é quem age por você, cuide bem dele.
3. Valorize. Tudo mesmo. No dia do meu exame de sangue, fui tão bem cuidada pela enfermeira que, pela primeira vez, não desmaiei. Eu disse a ela o quanto ela era especial. Valorize as pequenas gentilezas. Também pedi perdão por ter magoado alguém – mesmo que sem intenção – mas não fui perdoada. Valorize os pedidos de desculpas, eles podem abrir grandes portas e ensinar grandes coisas. By the way, raiva dá gastrite. Valorize também as pessoas. Em um ano de perdas, entendi que – REALMENTE – elas podem não estar mais lá no dia seguinte.
4. Entenda o trabalho do outro antes de criticar ou opinar. E sempre – SEMPRE – perceba que existe um ser humano para além das planilhas e do computador.
5. Faça silêncio. Deite, feche os olhos. Inspire e expire fundo. Imagine a energia passando por todo seu corpo, visualize cada chakra. E vá em frente. Existe uma respiração simples que ajuda a limpar a mente: inspire pelo nariz, sentindo o ar na garganta, como se estivesse roncando. Solte da mesma maneira, também pelo nariz. Inspire em 4 tempos, segure 2 tempos, solte em 6 tempos e segure um tempo. Repita 10 vezes.
6. Permita-se ficar offline. Pelo amor de Deus, tenha horário para responder, atender, enviar. Se for comer, coma. Se for dormir, durma. Se for conversar, converse. Pare de fazer tudo com o celular na mão e perceba melhor o que está fazendo.
O que Nícolas Vargas e a vida ensinaram nos últimos tempos? Que a gente aprendeu a fazer o corre, a sofrer, a cooperar, a pensar, a estudar… Mas ainda não aprendeu a ficar numa boa com a gente mesmo.